O Farol do Calcanhar ou Farol de Touros é o maior farol do Brasil, estando situado no município de Touros, a 96 km de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte. O farol está estrategicamente colocado numa região onde o litoral brasileiro faz um ângulo agudo, a chamada "esquina do continente". Tem 62 metros de altura e 298 degraus.
Foi, à data da sua construção, o segundo maior farol do mundo em concreto, devendo ser nos tempos atuais o sexto maior nesse material, estando incluído nos 26 maiores do mundo.
É uma torre cilíndrica em concreto armado com quatro gigantes laterais de reforço e lanterna. Pintada com faixas horizontais brancas e pretas. Vários edifícios térreos anexos.[2]
História
1º farol
Foi construído no ano de 1912, pelo mecânico Raimundo Soares Pereira, mediante um contrato lavrado na Capitania dos Portos do Estado do Rio Grande do Norte. À lavratura do contrato esteve presente o capitão dos portos – capitão-de-corveta Pedro Vieira de Melo Pina. A execução do contrato foi determinada por telegrama urgente do almirante Jaceguai, chefe da repartição da Carta Marítima do Brasil, do Ministério da Marinha, sendo diretor de Faróis o capitão-de-fragata Eduardo Veríssimo de Matos.A construção teve início no dia 8 de abril de 1912, com a presença do 1.º tenente-da-armada Tilemon Fontes, Capitão do Porto, interino, e terminou na administração do capitão-tenente Romero de Araújo, tendo vindo do Rio de Janeiro, a fim de receber o Farol, o ex-mecânico da Diretoria de Faróis, Alfredo Shultz, os quais seguiram para Touros a fim de receber o Farol por estar terminada a sua construção, e fazer, no dia determinado (21 de dezembro de 1912) a sua inauguração, após o que foram tiradas as suas coordenadas: 5º 8’ 50" de latitude, e 35º 31’ 11" de longitude.
Seu alcance luminoso era de 25 milhas em tempo claro. Aparelho de quarta ordem, pequeno modelo, com flutuador de mercúrio, servido por uma lâmpada de reservatório inferior, de duas mechas.
Em vista das constantes reclamações dos navegantes à Diretoria responsável, foi determinada pelo Exmº Sr. Almirante Américo Basílio Silvado, Superintendente de Navegação, no ano de 1927, a transformação do Farol para o sistema AGA, serviço esse executado pelo Mecânico de Faróis Domingos da Silva Xavier, auxiliado pelos faroleiros Antonio Dourado Netto, Raymundo Coelho, Avelino André da Silva, José Francisco Leite, José Viana Barbosa e Domingos Amâncio de Oliveira, sob a fiscalização do Sr. Capitão Tenente João Duarte, Comandante do Aviso Faroleiro "Tenente Mario Alves", em missão de faróis no norte do País.
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